Oooô, eiiii, boi, reia, hei, boi, aiii.. eai.. ei!!
Com o céu ainda com estrelas,
a peonada se reúne pra mais uma empreitada.
Montados em seus cavalos, aguardam a ordem do ponteiro pra seguir a viagem.
O ponteiro parte na frente, repicando seu berrante, dando a ordem de saída.
Logo a porteira se abre pra mais um dia de lida.
O capataz da fazenda com o olhar atento, confere as cabeças de gado.
Perfilar-se pouco a pouco, formando um corredor branco, o ponteiro repica no berrante o toque do estradão
Seguindo a viagem.
Lá adiante uma encruzilhada,
no repique do berrante o som do rebatedouro, sinal de perigo, a peonada corre, evitando o estouro da boiada
Sob o sol escaldante, vêm o sinal do berrante, toque da queima do alho,
O cozinheiro segue a galope, calabrear o repasto
Depois de muitas horas de estrada,
chegando ao destino, o toque do floreio, comunicando o fim da viagem.
Hoje, sentado em frente de minha casa, fumando meu cigarrinho de paia, neste vilarejo, não se vê mais boiada no estradão, nem o som do repicar manhoso de um berrante.