Vendo da janela, lá adiante
passa uma boiada no estradão,
Fico ouvindo o toque do berrante, o bramar do gado e os gritos dos peões.
Me bate uma saudade....
de quando eu ajuntava minhas traia e peiava meu cavalo e saia pro mundão de meu Deus.
Tocava o gado com meus parceiros,
Cercava o gado quando estourava,
Corria atrás de garrote,
Atè laçava boi em meio a boiada.
Moço!!!
Naquela tarde de janeiro, ao laçar o trigueiro, minha mão se prendeu, arrastado e pisoteado, sem poder fazer nada, me restou esperar.
Com os olhos embaçados, sem poder fazer nada, só ouvia lá longe, o ponteiro tocando o berrante, avisando do acontecido pra peonada.
Hoje aqui preso à esta cadeira de rodas, só o que me resta é a saudade do tempo que eu era peão de boiadeiro.