VOLTA, HEMENGARDA: NEM TUDO É MENTIRA!
Desesperado, Roberval saiu gritando pela rua atrás da esposa, que, decidida, acabara de jogar duas malas no banco traseiro do automóvel. Hemengarda colocara um ponto final em mais de vinte anos de casamento: uma vida dedicada a um homem cínico. Após bater violentamente a porta do veículo, a mulher deu a partida, ignorando todos os gritos do marido que — ajoelhado na calçada — implorava:
— Não! Não! O carro, não!