A SUBMISSA
Laura desejava poucas coisas na vida. Passara boa parte dela à margem de tudo, como quem tenta evitar não apenas o mundo, mas a própria natureza. O silêncio de sua existência desbotada cabia em qualquer espaço. Quando ela menos esperava, Rodrigo surgiu em seu caminho. Laura entendeu que, mesmo no meio do deserto, a paisagem mudara. E o sentido nasceu do contraste: pertencer a Rodrigo tinha o gosto da liberdade. A seus pés, Laura criou asas.