Além do Horizonte VIII

Publicado por: sutini
Data: 17/07/2010

Créditos

Música: Autor >> Harry Gregson-Willians

Além do Horizonte VIII

Tristezas

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Há dias viajavam. Primeiro atravessaram toda a Floresta Livre e agora navegavam em uma grande Vitória-Régia pelas águas pálidas do Rio Claro. Taric tremia involuntariamente, era do conhecimento de todos que ele morria de medo de água; já Liily sempre tão alto astral andava meio cabisbaixa. Também não era para menos, a travessia da floresta não tinha sido nada fácil, por todos os lados se notava a mesma estranheza que afligia o Bosque. O ar parecia cada dia mais pesado e a noite caía cada vez mais cedo, mas era uma noite estranha sem as luzes de pisca-pisca das estrelas e sem o suave brilho do luar. O fato é que se na floresta fora difícil, agora estava sendo bem pior, pois na floresta pelo menos tiveram companhia da dríade Zuul. Mas agora estavam sós, totalmente sozinhos, naquelas águas estranhamente paradas.

---Já reparou que não tem nenhum peixinho nesta água?

---Já Taric. Respondeu Liily com uma voz cansada.

---Onde será que eles foram parar?

Dessa vez Liily nem respondeu só deu de ombros e o silêncio se fez presente entre eles.

Taric entendia a tristeza da amiga, ele mesmo se sentia assim também, só estava tentando conversar para justamente afastar essa tristeza, mas não estava dando certo. Ele firmou a cabecinha em uma de suas patas tentando pensar em algo bom para distrair Liily.

Lembrou da primeira vez que navegaram ali naquela mesma Vitória-Régia, aliás, a única que atravessava aquele Rio. E as águas daquele rio eram tão diferentes, purpulavam de vidas, eram aves aquáticas de todas as cores que vinham lhes desejar boa viagem, eram as algas e corais a bailar ao sabor do vento e os peixes, então? Peixes de todas as formas e tamanhos, que curiosos vinham espreitar a superfície. E agora olhando para aquelas águas pálidas e paradas, não conseguia dizer nada para animar sua amiga, tudo o que sentia era uma dor profunda de perda, uma dor que lhe arrancou lágrimas dos olhos.

Viu naquele momento que Liily olhava fixamente para ele e sem saber o que dizer; simplesmente se lançou em seus braços e se deixou ficar assim.

E tão entregues estavam se consolando um no choro do outro, que nem notaram um brilho azul turquesa surgir nas pedras de seus colares e nem no suave calor que emanou deles. >>

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sutini
Enviado por sutini em 17/07/2010
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