Nãna-nina-não
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Ao irem para fora uma sombra de medo perpassou no semblante de Liily e Taric, pois tudo estava escuro como breu.
---Nossa! Quanto tempo ficamos lendo? Perguntou Taric.
---Mas ainda não pode ser noite. Respondeu Liily.
---Talvez tenhamos passado muito tempo lendo e...
---Não Taric, não esta percebendo, as estrelas não estão cantando...
---Tem razão e elas nunca deixaram de cantar.
Mas nesse dia as estrelas não cantaram, sequer apareceram para enfeitar o céu com suas luzes de pisca-pisca.
No dia seguinte tudo estava na mesma, se não pior. Liily olhava pela janela desconfiada, quando sua mãe com ares de preocupação mandou-a fechar a janela.
---Mamãe, vou até a casa do Taric.
---O que?? Nãna-nina-não!
---Mas mãe é que...
---Nãna-nina-não!!
Liily sabia que quando a mãe dizia nãna-nina-não, era não mesmo e não adiantava insistir, porém não fechou a janela ficou com o olhar perdido, fazendo mentalmente uma lista das coisas estranha que estavam acontecendo;
1° Todo esse peso do ar e hoje parece estar ainda mais pesado.
2° Ontem, a noite apareceu bem mais cedo do que deveria e as estrelas nem cantaram suas belas canções de ninar.
3° E hoje a mamãe disse nãna-nina-não duas vezes!! >>
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