POÁ VERDE E BRANCO

POÁ VERDE E BRANCO 

 

 

Eu viajava com um grupo muito alegre, heterogêneo e comunicativo por algumas cidades que ainda não conhecia.

 

Entre os companheiros de viagem havia dois rapazes americanos muito simpáticos. Um de cabelo preto, que falava melhor o Português e circulava mais em todas as rodinhas; o outro, de cabelo claro falava menos o nosso idioma, mas era mais afetuoso na comunicação. Ele era o Alex (apelido).

 

Chegou o dia de retornar da excursão. Eu estava tomando o café da manhã quando o Alex chegou; falou algo muito gentil comigo e me deu um delicado presente: uma almofadinha levemente acolchoada (semelhante a uma bolsinha de celular) de poá verde claro e branco, embalada num papel transparente e pediu para eu cheirar. Que aroma delicioso! Era perfume de verbena (*), disse o Alex.

Percebeu que amei; saiu sorrindo contente, desceu a escada olhando para trás.

 

Levantei-me, pois eu queria dizer algo, mas ele só sorriu e continuou. Fiz o gesto de enviar um beijo, mas nem sei se ele viu.

 

Caminhei depois para encontrar o grupo e vi que o nosso ônibus, azul, já estava parado na rua em frente ao hotel.

 

Então...

 

Acordei...

                   o sonho terminou.

 

 

(*)Não conheço perfume de Verbena, mas já sei onde encontrá-lo puro e de qualidade. Consta que tem propriedade curativa.

 

Dalva da Trindade S Oliveira

(Dalva Trindade)

27.09.2022