Deixei a vidraça aberta

Semeando lindo olhar

Colhendo e ofertando

Engatei o suporte na soleira

Dando liberdade ao vento

Deixei a vidraça aberta

Direcionando o caminho

Sei que não posso mudar

As lágrimas caídas vividas

Posso direcionar os sentidos

Deixei a vidraça aberta

Batizando o rico momento

A janela conduzindo a ternura

Das flores acenando os risos

Os verdes campos a brotar

Deixei a vidraça aberta

Do leito acolhendo a noite

Não consigo mudar o mundo

Posso contornar meu pensar

Num diálogo com a vida

Deixei a vidraça aberta

O vento Soprar ligeiro

Transpondo a grandeza

Hoje degusto a essência

Neste manto de paz!