Não é privilégio meu, mas de quem teve um amor
Que um dia foi embora e que nunca mais voltou
Um amigo de outrora, uma dor que não passou
Como um corte de navalha, que nunca cicatrizou
Oh! Oh! Oh! Ooooh! oh!
Quando o dia vira noite, sem ser noite de amor
Sem ter lua no terreiro, noite sem o sol se pôr
O futuro se desponta num lampejo assustador
A dor corta as palavras, dos versos tira a cor
Oh! Oh! Oh! Ooooh oh!
Mas viola e o violeiro une o sentimento ao som
A dor cavalga as cordas viajando pelo ar
E o que era sofrimento, nos versos vira paixão
O amor não foi embora, se transformou em canção