CANTORIA

Não é privilégio meu, mas de quem teve um amor

Que um dia foi embora e que nunca mais voltou

Um amigo de outrora, uma dor que não passou

Como um corte de navalha, que nunca cicatrizou

Oh! Oh! Oh! Ooooh! oh!

Quando o dia vira noite, sem ser noite de amor

Sem ter lua no terreiro, noite sem o sol se pôr

O futuro se desponta num lampejo assustador

A dor corta as palavras, dos versos tira a cor

Oh! Oh! Oh! Ooooh oh!

Mas viola e o violeiro une o sentimento ao som

A dor cavalga as cordas viajando pelo ar

E o que era sofrimento, nos versos vira paixão

O amor não foi embora, se transformou em canção