PANDEMIA

PANDEMIA

Tudo parecia estar no devido lugar

Até que um dia alguém nos veio anunciar

Uma pandemia de terríveis proporções

Que afetaria o mundo e todas as nações.

No começo, muita gente não acreditou

E, indiferente, a sua vida continuou

E ficou doente por não tomar precaução

Ou, tão simplesmente, por falta de informação.

E, então, pelo mundo o mal terrível se espalhou

E, um medo profundo, muitos sonhos dissipou.

De um modo fecundo a morte veio a todos nós

O que, lá no fundo, fez-nos ver que todos somos pós.

Beijos e abraços e até apertos de mãos,

Que marcantes traços são de afeto entre os cristãos,

Não têm mais espaço, podem nos contaminar

E são embaraço aos que precisam se curar.

O maior tormento é a ordem mundial

Para o isolamento do convívio social,

Causa um sentimento de extrema solidão,

Um arrependimento da falta de comunhão.

Ao Senhor rogamos, quando este surto passar,

Que todos possamos reencontros celebrar,

Que a gente se entregue à vontade do Senhor

E que a gente regue o mundo com uma chuva de amor.

Bagre 12/04/2020, inverno Marajoara.