Jessé Gomes da Silva Filho
Só lá no estribilho é que eu vou revelar
Um apelido dos mais conhecidos
D'um mano nascido lá no Irajá...
Tributo em vida, singela homenagem
À malandragem desse cidadão
Do nada, um pinho, cerveja, sacola...
Verso na cachola, cavaco na mão!
Partideiro de alta patente
Repente no pente sempre deu trabalho
Enquanto descrevo esse malandro
Já tem gente lembrando da Beth Carvalho
Salve a memória da madrinha
E a sua varinha de condão
Que pôs no estrelato um bonde nervoso
Sempre generoso foi seu coração...
Olha, Beth onde quer que esteja
De Luz sempre seja o seu novo Caminho
Obrigado por ter revelado
Esse mano chamado Zeca do Pagodinho
Pagodinho, malandro do bem
Hoje a rima é Xerém, Duque de Caxias...
Lembro bem do episódio da enchente
Esse mano é gente: total sintonia
Tem mais de sessenta, mas não aparenta
É unanimidade não tem discussão
Conjuminou só na simplicidade...
A longevidade e o copo na mão!
Bom malandro de fato e direito
Olha só: não tem jeito, o sujeito é bamba
Ensina a molecada a correr pelo certo
E o quintal sempre aberto pro Povo do Samba