Todo dia era dia de amor
Se fazia chuva, frio, calor
Quando vinha, sempre tinha
Beijo à beça e me peça
Que eu dou
Não sabia o que fazer pra agradar
E queria só viver pra se dar
E na vida só vivia assim
Nos braços dos seus
Todo dia alegria, louvor
Bendizendo a fé
Na paz do Senhor
E trazia na lembrança
Esperança de uma vida além
E dizia só quem crê vai gozar
A delícia que sofreu pra esperar
E na vida só vivia assim
Nas graças de Deus
É
Um grito diz: Pare!
Não paro, um disparo
Uma bala parou
Ajoelha sem jeito
Vermelha no peito
Uma rosa brotou
A vida num instante se acaba no asfalto e se vai
Né
Quem vai não se explica
O moleque é que fica
Chorando de dor
Apenas são cenas comuns desta vida
Vivida, sofrida, fingida
Todo dia era dia de horror
Sempre vinha medo, frio, pavor
E fazia a cobrança da esperança de uma vida melhor
E queria só viver pra gozar
A folia que pensava encontrar
E nas ruas só vivia assim nos braços dos seus