Essa doença arisca que se aloja
E habita em quem devia curar
É uma praga que pega desumana
Que cega e não quer mais sarar
É um câncer mendonho que acaba com o sonho
De quem quer sonhar
É uma lepra que aumenta causando falências por todo o lugar
É uma desinteria que escorre no dia de quem é fiel
É uma fossa que fede
E nada impede sujar seu papel
É um abscesso profundo, nojento e imundo
Com gosto de fel
É uma verme folia com sua orgia
Seu vício cruel
Essa maldade transita
Com seu andor parasita, bactéria maldita
De espasmo geral
Esse terror contamina, com sua ação toxina
A bela flor da retina
O órgão fatal
Paralisia medonha
Tumor da insônia que fere as entranhas
Anomalia imoral
Uma ferida que cresce e na dor desfalece
Criando uma espécie de espasmo geral
Assaltaram o Brasil
Que vergonha meu Senhor!
Nosso verde e céu de anil
Desbotou não tem mais cor
Assaltaram o Brasil
Nosso berço de esplendor
Precisamos mãe gentil
De uma cura
De um doutor