Somos selvagens, mas não somos livres
Somos nativos, somos laços
Não nos deixam caçar
Não querem ouvir os nossos passos
Somos barrocos, mas não somos livres
Somos críticos, somos oposições
Não nos deixam pregar
Não querem ouvir os nossos sermões
Somos neoclássicos, mas não somos livres
Somos objetos, somos heróis
Não nos deixam pensar
Não querem ouvir os nossos caubóis
Somos românticos, mas não somos livres
Somos tristes, somos restos
Não nos deixam falar
Não querem ouvir as nossos protestos
Somos modernos, mas não somos livres
Somos marginais, somos escórias
Não nos deixam entrar
Não querem ouvir as nossas histórias
Somos atuais, mas não somos livres
Somos mortais, somos vivos
Não nos deixam viver
Não querem ler o nossos livros
Somos poetas ...