Esta canção foi feita em novembro de 2008, sobre a lua , seus encantos, séculos nos espionando , olhando para baixo, confidente , única entre tantos satélites, porque é nossa, um presente que o criador nos deu para que as noites não fossem totalmente escuras.
" Quando a lua cheia se enamora
E vai brincar no meu quintal
Mira-se nas águas com demora
Cheia de vaidade nupcial
Traz a luz da noite as criadas
Faz o sono leve de um patrão
Dona dos romances mais furtivos
E dos longos beijos no portão
E eu me pego olhando as estrelas
Como um mago na sombra da dor
Iluminas a alma de um poeta
Faz refúgio a arte de um cantor
Quando a lua cheia se enamora
Guarda seus segredos na canção
Contos de alcovas escondidos
Ou nos sonhos loucos de um verão
E eu me pego olhando as estrelas
Como um mago na sombra da dor
Iluminas a alma de um poeta
Solitário vôo de um condor. "
Me lembro de haver tocado esta música no litoral, a três violões ,em nosso apartamento, numa noite que recebemos amigos de Campinas. O filho e o genro do meu amigo também tocavam violão, e embora nunca houvessemos tocado juntos , a linguagem da música tratou de nos apresentar naquela noite, e fazer o ambiente descontraido , depois saimos para comer uma pizza.
A vontade de fazer uma música com um tema tão batido, veio porque na inspiração do andaluz Garcia Lorca, que usou este tema com tamanha magia, percebi que nunca seria piegas falar da lua, ela estaria sempre presente em nossas vidas, para lembrarnos que as noites são partes sensíveis de nossas vidas.