Do início era o primeiro
Inspiração divina de Tupã
Sob o império do Sol e da Lua
Fez crescer seu clã
Descobriu os segredos da Terra
Criando o saber ancestral
Dentre muitos herdeiros
Ressurgiu guerreiro
Defensor tribal
Explicou o mundo em lendas
Fez guerras e oferendas
Respeitar a harmonia da vida era seu afã
Mura, Dessana, Ticuna, Karajás, Sateré-mawe, Kaiapó, Kamaiurá
Sua cultura milenar foi sobrepujada
Por emissários, missionários, mercenários
De guerreiro livre
Omágua, Ticuna, Parintintin
Te chamaram Índio, Sateré
Nativo de um novo mundo
Exótico arco e cocar
Saga de índio, flauta de índio, índio na mata, índio não mata, índio só fere pra sobreviver
Lutou mas pereceu
Sob o jugo europeu
Amante da liberdade
Não se rendeu a escravidão
Preferindo a morte a maldita sorte, dizimou-se a nação tribal
Mas deixaste teu legado entranhado na cultura desse povo
Que cultua sua memória imortal