Colocando no Papel (Por trás das palavras)- ChicoDoCrato-Cláudia de Villar.
ChicoDoCrato, Música, Voz, Violão, Sintetizador, Arranjo, Mixagem e Adaptação do Texto de Claudia de Villar.
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Audacity 070 Ritmo 087+60 em Mí-. Gravação caseira. Gravar em estúdio.
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Quanto do nosso EU colocamos no papel?
O que revelamos de nós mesmos quando decidimos escrever?
Ou um bilhete, um conto, um poema ou uma narrativa.
Muitas vezes, somente o poema é visto como um desabafo do autor,
uma “dor de cotovelo” mal resolvida, um amor não correspondido e por aí vai.
E os leitores pensam... O que o amor não faz.
Entretanto, nem só a poesia se torna reveladora,
uma narrativa longa sempre tem uma marca pessoal do autor.
Qual é a sua marca?
O que queremos dizer nas entrelinhas?
Quando o autor pega um papel ou se senta em frente a uma tela
ele deixa alias suas marcas pessoais.
Ou na forma de dizer algo, por entre os diálogos, nos extensos parágrafos,
numa opinião não muito revelada e é aí que se dá o link com o leitor,
objeto final da escrita de todo escritor.
O que acontece entre o que o autor escreve e o que o leitor lê
é que se constrói um leitor ”fiel” ou um leitor eventual.
Dor, saudade, rancor, ódio ou até lição de moral,
todas essas manifestações são “culpadas” por dar a liga entre o leitor e o escritor.
Por isso que uma obra agrada um e desagrada outro.
Depende do estado de espírito do leitor ao ler um determinado livro.
Mas enquanto falamos apenas da conquista do leitor, tudo OK,
mas quando um júri entra em ação?
O que faz uma obra ser lida, avaliada e escolhida para ser premiada?
E se a criatura fala de uma paixão mal resolvida e os jurados não gostam de paixões mal resolvidas?
Como deixar de lado o gosto pessoal e avaliar um texto?
A partir daí é que muitos escritores se perdem.
Ao desejar um prêmio ou serem lidos por muitas pessoas, há escritores que vão escrevendo na tentativa de adivinhar o que agrada o leitor ou o jurado e termina por não agradar ninguém.
Nem a si próprio. Pois não há nada tão frustrante do que olhar a própria obra e chegar à conclusão que aquele livro não te representa.
Bis no Final
Portanto, melhor optar por escrever a verdade que existe dentro de nós e “rezar” para que existam muitos leitores à procura dessa mesma verdade registrada em papel.