Meu amigo de longe...


Olá, meu amigo
De longe

Veja,
O seu telefone

Estou,
Lhe chamando
Faz tempo

E você
Não responde

Procure,
Bom
Posicionamento

Pr’eu poder
Lhe escutar ...

Aqui está,
Chovendo bastante

Fale um pouco
Mais alto

Que o sertão
Virou mar

Há tempos
Que eu não sei,
Boa palavra de rimar

Parece que
Meus versos,
De tão frágeis
Vão secar

Perdoa mas
A vida quase
Se livrou de mim

A dor desse
Silêncio
É mal que
Nunca vai ter fim


Me conte,
Você tem novidades ?

Está chegando
De onde ?

Estou,
Mergulhada
Na lida

Já são quinze
Pras onze !!!

Escuto,
Sua voz
Arranhada

Quando vou
Me deitar ...

São tantas, confusões
Nos meus sonhos

Vivo simples
Momentos

Como vou
Lhe explicar ?

Talvez, se Deus quiser,
Asas de aço
Vou voar ...

No preço
Do bilhete, bem depressa
Lhe encontrar ...

Matar essa
Saudade, dor
Que dói, doída assim ...

Brincar, sorrir
Sentir,
Seu doce cheiro
De jasmim