Cinderela do Agreste
Eu era uma menina
Magricela
E achava que o mundo
Era de fome,
Sem amor
Eu nunca imaginei
Ser Cinderela
Meu príncipe encantado
Era de pó,
Suor e dor
Meus tempos são sem cor
Sem primavera
Eu canto essa canção
Por onde eu for
A história que vivi
Vou lhe contar
Das letras conheci,
Depois dos doze
Do agreste vim de longe
Sepultar
Meu pai doença ruim
Que mata hoje
Então eu conheci
Cidade grande
O pão, comida estranha
Me deixou
Desconfiada
Depois lembrava dele
A todo instante
Meu lanche preferido
Era o tal pão,
Com bananada
Então alguém chegou
Deu-me a mão dela
Pergunto ao coração,
Pra onde eu vou ?
A história que vivi
Vou lhe contar
Outra separação,
Nem sei pra onde
Um choro, uma questão
Prá perguntar
O que será de mim
Alguém responde ?