Extra, extra, extra ...
Extra, extra, extra ...
Alguém anunciando
A liberdade ...
Extra, extra, extra
No ar um grito de
Felicidade ...
Meu Brasil ...
Brasil,
Foi cativo na nobreza
Terra de rara beleza,
Seu passado
É de grilhões
Brasil,
Veja sua fortaleza,
Gente branca, gente negra
Que não foge
À luta não ...
Tem quinhentos anos
Que aqui chegou
A mão do escravator
Chibata e chicote
No estalo
Misturava sangue e dor
Extra, extra ...
Brasil,
Nos porões da ditadura,
No soluço e na tortura
O verdugo se formou !
Brasil,
Verde oliva desbotado,
O seu povo virou gado,
Sua carne então sangrou
Levou vinte anos,
Pra tudo se ajeitar,
Como ajeitou !!!
Diretas presidente !!!,
Coitada, sua gente
Se enganou !!!
Extra, extra ...
Brasil,
Presidentes democratas,
Ditaduras disfarçadas
Quem dá mais
Por um favor ?
Brasil,
Lança fora a letargia,
Mostra sua ousadia,
Chega de gostar
De dor
Nesses novos tempos,
Um tal de não sei não,
Ninguém falou
O rabo da serpente,
Cortado, mas de nada
Adiantou
Extra, extra ...
Brasil,
Põe pra fora os sentimentos,
Não carece de tormentos
Que seu tempo já chegou
Brasil
Lembra dos tempos de outrora
É pra hoje, não tem hora,
Seu passado retornou
Sonhos escondidos,
Vem logo mostra
Agora o seu poder
Minha gente jovem !!!
Simbora não há mais
O que temer !!!
Extra, extra ...