DO MEU JEITO

DO MEU JEITO

Se a vida chega ao fim, só culpo a mim se deu errado.

Eu desenhei assim a minha vida, quadro a quadro.

Lutei para acertar – posso não ter feito bem feito,

mas sei, tudo o que fiz, foi do meu jeito.

Se hoje eu sei cair, foi por andar. Errar é humano.

Não dá pra corrigir. É fim de ato, e desce o pano.

Mas fiz o meu melhor, no meu limite – sou imperfeito.

Porém, ou bem ou mal, fiz do meu jeito.

Diante do Maior Juiz, eu posso até me arrepender,

e não será do que eu fiz, mas do que deixei de fazer.

Da minha vida, o quê dizer?

Fiz do meu jeito.

Não vale a intenção: o que se faz, aqui se paga.

E nem por remissão se justifica abrir a chaga.

Eu sempre procurei fazer o certo, o mais perfeito.

Se errei, ou se acertei, fiz do meu jeito.

Diante do Maior Juiz eu posso até pedir perdão,

não por ter feito o que bem quis, mas por seguir meu coração,

Quando me coube a decisão,

fiz do meu jeito.