CALANGO DOIS EM UM
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Estribilho
Calango dê
Calango dá
Calango tango
Ripipico sarara
Maria Rita
pega o cachimbo da Dita
Bota fogo mas não pita
Tem medo de se engasgar
Mal sabe ela
Que o cachimbo é de canela
E foi o fio das Florisbela
Que fez pra Dita pitar
Este cavalo
que eu comprei no Pernambuco
É um bicho meio maluco
Que aprendeu a disfarçar.
Se monto nele ele finge que tá manco
Me esfrega no barranco
Tentando me derrubar.
Numa sexta feira
Na moita de bananeira
Com uma baita tremedeira
É que a Dita foi lhe pagar
Do pagamento
È que se deu o nascimento
Do moleque bexiguento
Que fica a lhe atazanar.
O Zé cigano
Foi quem me vendeu o bicho
Disse que tava no capricho
Que só tinha de montar,
Era mentira e é isto que me dói
Ele é cego de um zói
E só sabe passarinhar.
Dando presente
E bilhetinho de amor
O filho do Nicanor
Só fica a lhe paquerar
Mas a Maria que é muito sabidinha
Não cai nesta ladainha
Manda ele se catar.
Além de tudo
O bicho é cachaceiro
Compra fiado no vendeiro
E manda ele pendurar,
Paro na venda
Ele já pede uma pinga
Se eu brigo ele me xinga
Diz que eu tenho de pagar.
E bem dengosa
Com jeitinho de criança
Ela lhe dá esperança
Para ele não desanimar,
Com muita prosa
Ela diz que até dança
Se ganhar uma aliança
E compromisso de casar.
Fico zangado
Quando pisam no meu calo,
Ainda mato este cavalo
É melhor me segurar
Mas na verdade
O bicho é inteligente
E acreditem minha gente
Gosto dele pra danar.