DESENREDO - DORY CAYMMI e PAULO CÉSAR PINHEIRO

No início da madrugada de 03 de abril de 2014

Compositores: Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro

Nota. Também no áudio, em gravação à capela

Por toda terra que passo me espanta tudo que vejo

A morte tece seu fio de vida feita ao avesso

O olhar que prende anda solto,

O olhar que solta anda preso

Mas quando chego eu me enredo

Nas tranças do teu desejo

O mundo todo marcado a ferro, fogo e desprezo

A vida é o fio do tempo, a morte é o fim do novelo

O olhar que assusta anda morto,

O olhar que avisa anda aceso

Mas quando eu chego eu me perco

Nas tramas do teu segredo

Ê, Minas, ê Minas

É hora de partir, eu vou, vou me embora prá bem longe

A cera da vela queimando, o homem fazendo seu preço

A morte que a vida anda armando,

A vida que a morte anda tendo

O olhar mais fraco anda afoito, o olhar mais forte, indefeso

Mas quando eu chego eu me enrosco nas cordas do teu cabelo