São almas
Revestidas de outras almas
Que me buscam pra falar
São corpos
Revestidos de outros corpos
Que me querem pra sonhar
São olhos
Revestidos de olhares
Sujas mãos, querem me tocar...
São presas
Presas num emaranhado
Como ave a se debater
São poços
De pedidos com moedas
Um só desejo a fazer
São truques
De um Mandrake sem gibí
Que me querem devolver
Eu já nasci menino
Com roupa de felino
Não dá pra cair nessa
E nessa chuva me molhar
Nem dá pre ser felino
Com roupa de menino
Eu prefiro voar