Tem hora que a gente parece
que vai entregar a bandeira,
que vai pendurar a chuteira,
que vai dar o braço a torcer.
Tem hora que a gente esquece
que o jogo ‘inda não terminou,
que o fogo ‘inda não se apagou,
que não se apostou pra perder.
Tudo é definitivo
até que se queira mudar,
e a gente tem mais de um motivo
pra não querer se acomodar.
É o vento espalhando as brasas,
e a gente aprendendo a pisar;
a vida nos cortando as asas,
e a gente tentando voar.