O primeiro amor é cachoeira
que ensina o rio a caminhar:
brinca pelas margens da ribeira,
mas nem sempre vai morrer no mar.
O primeiro amor é um passarinho
bobo, aprendendo a voar:
abre as asas, abandona o ninho
e se esquece, às vezes, de voltar.
O primeiro amor é a ferida
que deixa pra sempre a cicatriz;
é a planta que tem curta vida,
mas que crava fundo a raiz.