Eu vi um alazão alado criar asas na minha imaginação
Vi mula sem cabeça com cabeça de homem na mão
Eu vi um profeta solver multidões
Com a palavra e o susto de uma invenção.
Ouvi um tom voraz dar ordem de prisão pra paz de uma Nação
Por sobre mim há imersões de “sins”
Capazes de serem um só sim vil...
Borrar telas de ases que a pintura nunca viu.
Não vi uma só alma, buscar nas asas de minha imaginação
Ao menos uma solução que tocasse o coração com a luz
Que a luz emana de uma ilusão...
Mas vi: cachorros e gatos, macacos e ratos
Comerem seletas migalhas no chão
Eu vi: o soco na cara e o cara do soco
Catando os pedaços do cara no chão
Só não vi
Uma mão estendida cuidar da ferida nascida da terra sem lei
Cuja selva tem lei....é: SALVE-SE QUEM PUDER