DA ILUSÃO DE LENINE

E VIVAS!- AO GOVERNO "DOS POBRES"

O título deste meu artigo se baseia no fato de que, em plena campanha eleitoral nacional para as nossas prefeituras e suas correspondentes câmaras de vereadores, momento em que o Brasil se depara com o rescaldo político dos últimos tempos e depois de tudo que nos veio a público, ainda temos que ouvir certos "líderes" políticos riquíssimos, que ao apoiarem seus candidatos, aliás milagrosos líderes blindados, aqueles de partidos seriamente comprometidos com o cenário de resultados escaldantes que nos assola a todos, se auto qualificarem ao seu povo como "o governo dos pobres".

Muito bem, somos muitos os pobres, de fato somos, é só mirar o entorno mais próximo, não é necessário estatística brilhante que confirme a nossa pobreza generalizada, todavia muito bem maquiada, "marquetada", espalhada pelos cantos do Brasil, holocausto social cujo palco também se encena no canteiro central das grandes cidades como a minha: SÃO PAULO.

A pergunta que aqui lanço: Antes do "governo dos pobres", quantos pobres éramos, assim a olhos nús? E agora, quantos pobres somos? Alguém tem essa conta sem "pó- de- arroz"?

Cabe aqui nos definirem a tal pobreza em questão: mais uma transparente dúvida cidadã que me carcome: a propaganda que vai ao ar caracterizaria nossa pobreza de que forma? Seria que tipo de pobreza? pobreza de presente- propósito, pobreza de futuro, pobreza financeira, pobreza econômica, pobreza intelectual, pobreza social, pobreza sanitária, pobreza educacional, pobreza espiritual, pobreza de direitos, pobreza de segurança, pobreza de habitação...ou uma holística, perene e maquinada pobreza de visão do nosso todo?

E quão imediatista seriam as riquezas que nos pregam em palanques?

Não seria interessante ao "governo de todos nós...os constitucionalmente pobres de tudo!" que por ora continuássemos eternamente pobres, dependentes dum governo cada vez mais rico a custa dos nossos tributos; e que nos quer cegos reféns para o aplaudiimos nos palanques das horas eleitoreiras mais difíceis?

Acorda Brasil, nosso mais emergente candidato é o Brasil mesmo , candidato a fazer jus de sua condição de país RICO.

É só o "governo do pobres"...permitir.

NOSSO PIB FOI DE 0,4% E DIZEM QUE ESTAMOS EM CRESCIMENTO ECONÔMICO!

AGORA NEM DISCUTO, SOMOS POBRES MESMO, O "GOVERNO DOS POBRES" ESTÁ CERTÍSSIMO! VIVAS A ELE! Ele deu certo!

E vamos nele votar desta vez para sair da miséria SEM COTAS, uma justa miséria democraticamente bem dividida entre todos nós porque quando uma Nação empobrece, todos!, absolutamente "pobres e ricos" empobrecemos juntos, solidariamente!

Que tal enriquecermos juntos...sem COTAS DISCRIMINATÓRIAS DE RIQUEZA OU POBREZA?

Sou pela Unidade Nacional em tudo! Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença social! Idolatro a nossa Constituição, a CARTA MAGNA, lembram dela? Sonho com o dia em que ela possa ser desarquivada da memória dos governantes das horas cidadãs.

Vejamos o cenário de rescaldo que não é só reflexo lá de fora não!

Isso é bobagem, desculpa para "CHINÊS VER!" e para brasileiro não enxergar nunca!

O campo sofre, a indústria sofre, o trabalho sofre, o emprego sofre, as vendas sofrem (só as de automóveis que não, e já nem temos como rodar por aqui), a poupança sofre, a inadimplência cresce, a inflação cresce (só para o povo!) e o dinheiro virou a mercadoria mais democraticamente oferecida para todos, para pobres e ricos!

É o milagre econômico do "governo dos pobres".

Que fenômeno interessante: os pobres viraram fictícios ricos e os ricos viraram concretamente pobres. QUAL É A SUA COTA NESSA POBREZA TODA,TÃO DEMOCRATIZADA?

Eu penso que certos líderes dos "candidatos dos pobres" poderiam ser mais inteligentemente ricos!

Porque a até a pobreza um dia pode perder a paciência em ser sempre... tão pobre.

Vamos às urnas!

Ali com toda certeza poderemos fazer um voto à pobreza eterna...em nome duma nobre causa nacional: quem sabe ali ocorra um milagre de São Francisco, único personagem que eu conheço realmente comprometido com os pobres, o que trabalhou em prol da miséria...sem fazer novos miseráveis...para continuar reinando.

Querido Brasil: Que Deus nos salve da tão esperta pobreza que nos cerca...