Sentei à mesa pra lembrar do samba
Ouvi Moreira, Adoniran ..., Carlos Cachaça
Busquei no fundo da memória A velha guarda da Portela
E a saudosa malandragem do Bezerra
Logo na porta esbarrei com Clementina de Jesus
Que admirava o dedilhado de Jacob do Bandolim Bem perto dele, sorridentes estavam Zica eCartola
Trocando prosas junto ao mestre Tom Jobim
A saudade nasce no samba, E é dor que não tem mais fim (BIS)
Rimei meus versos com Nelson do Cavaquinho Que exibiu uma canção que terminara de fazer Noel da Vila resolveu tentar Compor mais um chorinho
Na parceria e no suingue doNogueira
E lá de longe chegava a voz rouca do Candeia Às seis da tarde o morro inteiro chorava na Ave Maria Na luz precisa da rainha estrela Dalva de Oliveira
Que majestosa brilhava sempre noite e dia
Noutra mesa Pixinguinha harmonizava seu trompete
Mestre Ataulfo fez lembrar os velhos tempos de criança Cantando samba de alegria pelas letras de Zé Keti Mostrando a pança no Cassino do Chacrinha
São tantos bambas que passaram pelo tempo Mas a lembrança que ficou dentro de mim Fez seu papel! Fui aprendendo a contemplar
Velhos poetas pintando um quadro
do passado sem pincel
A saudade nasce do samba, É dor que não tem mais fim (BIS) “ Naquela mesa estão faltando eles E a saudade deles está doendo em mim"
Sérgio Bittencourt