Quando houver alguma razão
Nenhuma forte razão
Vou me recolher
E me esvaziar
Numa forte evasão
E me realizar
Assim e com solidão
Não vou reclamar
Dessa indisponibilidade
Coisa de quem não sabe sonhar
Quando houver alguma razão
Nenhuma forte razão
Vou me revelar
E me incendiar
Numa forte canção
E me realizar
Assim com muita paixão
Eu vou perturbar
Essa indisponibilidade
Coisa de quem não sabe sonhar
Eu não quero entender
Essa nota padrão
Lenta transformação
Dos velhos padrões
Por que pra mim a vida é longa
Se meu olhos do mundo
Enxergam bem
Meu coração
Eu mesmo remendo
A vida um jeito se inventa
E de um gesto eu aceito
Se pra qualquer um
O medo levou de amor
Pra amar na avenida