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Ei, ô malandragem...
Eu assino um cheque em branco por esse meu moleque...
Não adianta vir c'a "fuleragem"
Moleque é atacante sabe dar volta no beque...
E não vai ser a "piolhagem"
Que vai colocar o meu moleque em "xeque"
Lá na bocada o meu moleque é "ninja"
Pelo menos finja que não "tá" se mordendo
Ouça o conteúdo do seu MP3
Uma levada da antiga que ele mesmo fez
Mordido é promovido a Zé Ruela
Quando troca um corre desse pela "Sessão da tarde"
Nessa hora a disciplina, "meu cumpadi", se revela...
Empreitada de malandro não é pra covarde
Sai da frente, vê se não atrapalha
Deixa o samba do moleque cortar feito navalha
Ganhar tempo, cobrir a falha...
Se não acredita, pergunta pra Dona Amália...
Com uma mão na frente e a outra atrás
Voltou pra Campinas só na "requenguela",
Mas sob a luz e reza dos seus pais
No meio da ventania manteve acesa a "Vela"
O moleque é malandro nascido no Carvoeiro...
"Cabeceira", "aroeira" e não "cara de madeira"...
Desde o tempo da fazenda, moleque era arteiro
Quando nenem já balançava na cadeira...
Aprimorou foi na cidade o trejeito da "tarrafa"
Começou ganhar um troco com garrafa lá feira...
Quer sempre mais um pouco, mas só mexe no que é seu...
Eu tenho é muito orgulho desse moleque meu!
Áudio: no link aí embaixo.