Letra: Lailton Araújo

Música: Lailton Araújo / Luizinho Salvador

Intérprete: Banda Moxotó

Eu sempre falo no compasso da canção

Da minha terra, lá distante, no Sertão

Mas, por motivos tão alheios ao meu povo

Hoje canto verdadeiro verso torto

Um pobre diabo vive lá na redondeza

Num povoado situado na pobreza

Não se sabe como ensinar a tal lição

Nem tão pouco o tempo da hibernação

Cachoeira, a peneira do cascalho

Ribanceira, a parede do riacho

Lancei o pensamento no passado

Cansei de ser sempre humilhado

Quero mel, quero peixe, quero toca

Proteção do maldito caçador

Urso velho num país de travessuras

Cansou de ser sempre o perdedor

Diz o ditado do pequeno lenhador

A foice boa tem no cabo um pensador

Eu fico atento ao provérbio criador

Pois não consigo entender o predador

Encabulado, não desfaço o pensamento

Da cachoeira peneirar esse cascalho

Muito humilhado olho lá pra o firmamento

Nesse momento, elevo ao Pai meu juramento

Urso velho num país de travessuras

Cansou de ser sempre o perdedor

Cachoeira...

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