Eu nasci no samba,
E, naturalmente,
Herdei da minha gente esse meu modo de versar...
A miscigenação foi quem me deu esse presente...
No berço, constantemente,
Chegava um novo "lá raiá"...
O que nunca faltou, por lá,
Sempre foi um bom forrozeiro...
A viola malandra do Tião Carreiro...
Nas festas caipiras do lugar...
Mas no meio do terreiro,
Sob a luz do candeeiro...
Com saudades do Rio de Janeiro,
Vi muito partideiro improvisar!
Lá...
Só mais tarde, então, já morando na favela,
Negritude tão branquela mostrou esse raro misturar!
De uma forma tão sem norma, genuinamente se transforma...
Malhando contra a bigorna desse meu verdeamarelar!
Lá...
É por isso que meu samba... Sempre sugere uma sanfona
Lembra o forró, nunca abandona a viola e prevê o recortar...
Meio Jakson do Pandeiro, Bezerra da Silva, Tião Carreiro...
E a luz de Candeia... Clareia, "alumia" meu cantar!
Lá...
...
Áudio: no link aí embaixo: