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Estava na vitrine daquele "esquema",
Nada combinado, mas foi assim...
Se passei por aquele dilema
É que na última cena só sobrou pra mim...
Só que eu sou do tempo da vergonha na cara
E o pau-de-arara sempre tem um fim...
Ao sair ileso de uma fita dessa,
Quem vive só com pressa pisa mais devagar.
Agora sou perito em campo minado
E pilantra folgado comigo não vai andar...
Mas se empunha mesmo a nossa bandeira,
Eu mesmo puxo a cadeira pra gente cavaquear....
Eu aprendi a não dar boi pra sem vergonha
Que tira onda do sonho que a gente sonha...
O acidente, aquela treta...
Somente a caixa preta pra nos explicar!
Ele veio c'aquela cara de pamonha,
Muito louco e pôs a culpa na maconha...
Vai com o balde de boldo
O fone do Padre Haroldo pr'ele se tratar...
Para o bem da rapaziada,
A despesa da parada avisa que eu vou pagar...
Com a cachola cansada de treta,
Fui na caixa preta onde tudo fica...
Estourei o segredo, abri a maleta...
Bandola, viola e uma velha cuíca...
Instrumentos há tempos guardados,
Num lugar sagrado, atrás do bambuzal...
A parada que eu via quando era ainda menino...
Pandeiro genuíno de couro animal.
Instintivamente no ouvido guardado...
Decodifiquei, juntei ao arsenal...
Fina linhagem dos velhos partideiros:
Trejeito verdadeiro lá do meu quintal!
FAIXA 02 DO CD A RIMA NUA E CRUA DA RUA QUE É MINHA E SUA
áudio: http://www.recantodasletras.com.br/audios/cancoes/48123
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