Estou matando o tempo
Para não me matar
O relógio não para
E eu não paro de pensar
O vento bate na janela
A brisa encosta no meu rosto,
Um revólver me assalta a idéia
E a morte me assombra a vida
Palavras saem feito facas
Me cortam machucando o peito,
Verdades me dissipam louco
E a loucura me envolve inteira...
Nervos de aço,
flores de ferro,
estátuas de carne
o céu e o inferno
cruzes ao contrário,
cruze os dedos, pé gelado,
pé de coelho, pé de cabra,
a sorte as vezes da errado.
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Extraído do 14º disco de composições de Tiago Henrique: Flores de ferro (2006-2007)