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Em Cima Daquele Morro Arnaud Rodrigues
Em Cima daquele morro Passa boi, passa boiada, Passa boiada. Tem movimento paca! Tem movimento paca!
Em cima daquele morro Passa boi, passa boiada, Passa boiada. Tem movimento paca! Tem movimento paca!
Paca, tatu, cotia, não, Paca, tatu, cotia, não, Não tem na serra não. Ah, porque nêgo mata! Ah, porque nêgo mata!
Paca, tatu, cotia, não, Paca, tatu, cotia, não Não tem na serra não. Ah, porque nêgo mata! Ah, porque nêgo mata!
Joguei uma pedra nágua, De pesada, foi ao fundo E foi ao fundo E ninguém disse nada! E ninguém disse nada!
Joguei uma pedra nágua, De pesada, foi ao fundo E foi ao fundo, E ninguém disse nada! E ninguém disse nada!
Tubarão, peixe, piaba, Tubarão, peixe, piaba, Não respondem não. Ah, se não, nêgo mata! Ah, se não, nego mata!
Tubarão, peixe, piaba, Tubarão, peixe, piaba, Não respondem não. Ah, se não, nêgo mata! Ah, se não, nêgo mata!
Batatinha, quando nasce, Esparrama pelo chão, Esparrama não! Ah, porque nêgo cata! Ah, porque nêgo cata!
Batatinha, quando nasce, Se esparrama pelo chão, Esparrama não, Ah, porque nêgo cata! Ah, porque nêgo cata!
E passarada passa o arado, E passarada passa o arado, E nada vem do chão, Ah, porque nêgo rapa! Ah, porque nêgo rapa!
E passarada passa o arado, E passarada passa o arado, E nada vem do chão, Ah, porque nêgo rapa! Ah, porque nêgo rapa!
E nêgo mata caititu, Mata jacu, jaó, Paca, tatu, maracajá, No jacá de cipó. E taca o tiro, e taca a faca, A faca fere a fera! Onde a inteligência impera É que se dá coisa pior:
E morre a fauna e não se ouve O sabiá cantando! E morre a flora e não se vê A flor desabrochando! E não se escuta mais o ronco Daquela cascata! É o fim da vida, é o fim da água, Nêgo tá matando a mata!
Por cima daquele morro Passa boi, passa boiada, Passa boiada. Tem movimento paca! Tem movimento paca!
Paca, tatu, cotia, não, Paca, tatu, cotia, não, Não tem na serra não, Ah, porque nêgo mata! Ah, porque nêgo mata!
Joguei uma pedra nágua, De pesada foi ao fundo E foi ao fundo, E ninguém disse nada! E ninguém disse nada!
Tubarão, peixe, piaba, Tubarão, peixe, piaba, Não respondem não, Ah, se não, nêgo mata! Ah, se não, nêgo mata!
Batatinha, quando nasce, Esparrama pelo chão, Esparrama não, Ah, porque nêgo cata! Ah, porque nêgo cata!
E passarada passa o arado, E passarada passa o arado, E nada vem do chão, Ah, porque nêgo rapa! Ah, porque nêgo rapa!
E morre a fauna e não se ouve O sabiá cantando! E morre a flora e não se vê A flor desabrochando! E não se escuta mais o ronco Daquela cascata! É o fim da água, é o fim da vida, Nêgo tá matando a mata!
Nêgo tá matando nego, Nêgo tá matando a mata, Nêgo tá matando a mata. A mata, nego, nego, mata! Nêgo mata a mata.
Ô, nego! Ô, nêgo! O nêgo, nêgo, nêgo mata, O nêgo mata, nêgo mata, Nêgo tá matando a mata, Nêgo tá matando nêgo! Nêgo mata a mata.
Ô, nego! Ô, nêgo! Ô nêgo, nêgo, Nêgo tá matando a mata, Nêgo tá matando a mata!...
O Som do Paulinho Arnaud Rodrigues
Diga aí, Paulinho!...
Virou Uma arruaça! Virou, No meio da praça! Virou!
E nego toca, Faz o som e dá de graça! E nêgo vende E dá um tempo na desgraça! E nêgo toca, Faz o som e dá de graça! E nêgo vende E dá um tempo na desgraça!
Ô, na praça da vida, Ô, na praça da vida, Ô na praça da vida!
Tem a moça loira, Que toca flauta E vende quadros! Me vende um lindo quadro colorido, Colorido, colorido, colorido. Vende um lindo quadro colorido, Colorido, colorido, colorido. Vende um lindo quadro colorido, Colorido!
Como o pássaro que chega, Pra ouvir seu som, Pra ouvir seu som, Pra ouvir seu som, Pra ouvir seu som! Pra ouvir seu som!
Virou Uma arruaça! Virou, No meio da praça! Virou!
E nêgo toca, Faz o som e dá de graça! E nêgo vende E dá um tempo na desgraça!
E nêgo toca, Faz o som e dá de graça! E nêgo vende E dá um tempo na desgraça!
Ô na praça da vida, Ô na praça da vida Tem o par de violas Tem o par de violas Igual a Bob Dilan Igual a Bob Dilan, Igual a Bob Dilan, Igual a Bob Dilan
E tem um crioulo, Que faz um som de guitarra. Tem pinta de Mandraque, Mas parece Jimmy Hendrix Tem pinta de Mandraque, Mas parece Himmy Hendrix!
Virou Uma arruaça! Virou, No meio da praça! Virou!
E nêgo toca, Faz o som e dá de graça! E nêgo vende E dá um tempo na desgraça! E nêgo toca, Faz o som e dá de graça! E nêgo vende E dá um tempo na desgraça!
Ô, na praça da vida, Ô, na praça da vida,
Tem um mulato alto, De olhos verdes, Dente de ouro! Ah, diz que tem, diz que tem Um papagaio louro, Ah, diz que tem, diz que tem Um papagaio louro. Ah, diz que tem, diz que tem Um papagaio louro
Que passa o dia inteiro Incrementando o papo, Enquanto o pipoqueiro Fica enchendo o saco E passa o dia inteiro Incrementando o papo Enquanto o pipoqueiro Fica enchendo o saco.
É na praça da vida É na praça da vida Aonde a roda da História Não pára na ida.
É na praça da vida É na praça da vida Aonde a corda da viola Dói igual ferida
Alimentei com mão no bolso, Mas não dou um pio. Eu ouço a corda da viola, Mas não desafio. Uma criança, com jornal, Se protege do frio. O som da praça vai em frente, Fica só o assobio.
Sobre Arnaud Rodrigues:
Arnaud Antônio Rodrigues – Arnaud Rodrigues – nasceu em Serra Talhada, Pernambuco, ( a mesma cidade onde nasceu Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião) no ano de 1.942.
É ator, cantor, compositor e humorista e redator, tendo trabalhado por muitos anos com Chico Anysio, na TV Globo, e em vários outros programas humorísticos, fazendo parte, atualmente, do elenco de A Praça é Nossa, no SBT.
Formou, com Chico Anysio, na década de setenta, o grupo musical “Baiano e Novos Caetanos” com o qual gravou dois discos que fizeram sucesso na época. Destaque para as músicas “Vô Batê pa Tu” e “Urubu ta com Raiva do Boi”
Em carreira solo, sob o pseudônimo de “Paulinho”, um dos muitos personagens que interpretava nos programas de Chico Anysio, gravou um disco antológico, chamado “O Som do Paulinho”, uma obra-prima de criatividade, do qual mostramos, aqui, duas faixas. Participou das seguintes telenovelas e minisséries da Globo:
1985 Roque Santeiro - Jeremias
1984 Partido Alto - Mr. Soul
1983 Pão Pão, Beijo Beijo - Soró
1983 Bandidos da Falange - Gaguinho
1982 Lampião e Maria Bonita - Motorista (participação especial)
No cinema, atuou em:
"A Filha dos Trapalhões" (1984);
"Os Trapalhões e o Mágico de Oróz" (1984);
"O Doce Esporte do Sexo" (1971) e
"Uma Negra Chamada Tereza" (1973).
A principal característica da música de Arnaud Rodrigues é uma mixagem muito bem dosada do tradicional com o moderno, dentro do universo nordestino. Ele não abandona as raízes, mas empresta a elas um toque de modernidade, fazendo um som gostoso, dançante, com letras inteligentes e arranjos super criativos. Vale a pena ouvir!
Arnaud Rodrigues, um grande talento brasileiro que, musicalmente, não teve ainda o reconhecimento que merece!
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