NA FILA DO PÃO

Quem sou eu

Na boca do povo

No esquema do jogo

Na luz da razão

Quem sou eu

Na trilha do rumo

Na linha do prumo

Na fila do pão?

Divagar, quase parando

Pra fugir do pesadelo

Do universo paralelo

Pastorear solidões

O poeta se liberta

Porta aberta pro infinito

Ser feio não é bonito

O dito pelo não dito

Rimando contra a maré

E por motivos diversos

Quem conta aumenta um conto

E o texto não fica pronto

Tudo aquilo só deu nisso

Prosa,verso e reverso,

Escrever já virou vício

Nem côncavo nem convexo

Quero os ócios do oficio!