O Túmulo Vazio

Em frio mármore outrora repousara

 

O corpo santo ao linho aveludado

 

A bela aurora luz que não se quebrantara

 

Mostrou-me no vão espaço abandonado

 

 

 

As sombras dançam nada mais persiste

 

Senão a brisa do eco a me chamar

 

Oh Vida Eterna, o tempo já não existe

 

Véus da morte, Rabi pode abandonar

 

 

 

Se a pedra jaz sem peso sobre a entrada

 

Se a luz renasce e em tudo resplandece

 

É porque o Mestre segue a caminhada

 

 

 

E a nós convida a quem sua voz conhece

 

Vem peregrino nada aqui há mais

 

Pois quem o busca além, o encontrará

 

 

 

Decimar da Silveira Biagini

 

Poema metafísico