Muito mais que um chá

Bem vindos leitores sensatos

Fui colocar chaleira esquentar

Perdoem os versos ainda não exatos

Pois a métrica saiu para passear

 

Saibam que cedo fui pegar lenha no mato

Muito antes da rima vir trabalhar

Queiram sentar nesse sofá que está intacto

Pois temos muito para prosear

 

Tomar um chá exige muito antes da festa

Planejamento e também ajuda a nos serenizar

Catar graveto, pedir licença às almas da floresta

E só lenha seca se pode apartar

 

O motivo de vocês estarem aqui

É um aviso dos nossos queridos ancestrais

Enquanto o chá ponho a servir

Quero recordar tempos neutrais

 

Tempo que se olhava nos olhos

Visita não se relegava por espiada no celular

A modernidade nos trouxe tantos escolhos

Ainda dá tempo de voltarem a amar

 

Levem biscoitos nesse pote

Desculpe aparente mesquinhez simplória

Trazer de volta será nossa sorte

Terei desculpa para mais visita e memória

 

Decimar da Silveira Biagini