Soneto ao Eco do Amor

Eu te amo ressoa em tom sagrado

Voz que desperta a alma em turbilhão

Vértice oculto em lume revelado

Portal que inunda o ser de inspiração

 

Quem diz treme: é abismo ou é alento

Quem ouve teme e sente a eternidade

Seremos nós o amor ou seu momento

Ou só seu eco em busca da verdade

 

Flui pela vida antiga indivisível

Mais que um desejo mais que um querer

Raiz celeste em sombra inacessível

 

Se o tom suportas deixa-te envolver

No amor não há domínio ou impossível

Há um tornar-se e então reconhecer