Pompeia dormia sob o vulcão adormecido,

Até que a fúria da terra roubou seu sorriso.

Guerras em Tróia, sangue derramado,

com um cavalo de madeira o seu destino foi selado.

No céu de Hiroshima o brilho foi forte e intenso

Cinzas e sonhos, estrondo e assombroso silêncio.

A peste negra devastou a Europa, o veneno no ar,

A morte pairava nas ruas, sem piedade ao ceifar.

O homem constrói pontes, mas também ergue muros,

Faz da paz um refúgio, e cria seus frágeis frutos.

Na serenidade da calma, o ódio se alimenta,

No coração humano, duas faces sempre alerta.

Torres caíram nos eua, o mundo paralisou

O medo e suas farpas o terrorismo espalhou

Chernobyl explodiu, com sua luz fosforescentes

Progresso desenfreado trouxe profundas cicatrizes

O Titanic afundou, símbolo de arrogância humana,

Águas geladas, onde sonhos somem no drama

Guerras mundiais pintaram o solo de vermelho

Ideologias conflitantes, quem vence é o sofrimento.

O homem constrói pontes, mas também ergue muros,

Faz da paz um refúgio, e cria seus frágeis frutos.

Na serenidade da calma, o ódio se alimenta,

No coração humano, duas faces sempre alerta.

Os muros de Berlim caíram, provando que é possível,

Unir dois mundos divididos pelo ódio invisível.

Mas o Sudão, a Síria, gritam por justiça perdida,

saiba que o poder corrompe qualquer alma iludida.

O tempo é um juiz, silencioso observa os fatos,

os erros do passado e todos altos e baixos

Mas ainda há fôlego, pois quem cria a guerra,

Pode também semear a paz infinita na terra.

O homem constrói pontes, mas também ergue muros,

Faz da paz um refúgio, e cria seus frágeis frutos.

Na serenidade da calma, o ódio se alimenta,

No coração humano, duas faces sempre alerta.

As lições estão escritas nas cinzas do tempo,

Nas lágrimas derramadas, no peso do sofrimento.

Somos forjados pelas tragédias, moldados pela dor,

Cabe a nós decidir se o próximo capítulo da história é amor.