A seiva oculta em cedros resplandece
É luz da Criação em doce entranha
Quem nela meditar alma engrandece
E as sombras da razão por fim desbanha
O rosto da Verdade é o Líbano altivo
Que ergue-se além do homem e do efêmero
Na arte que refina o instinto vivo
Tornando o dom do belo um bem supremo
A mente há de curvar-se em reverência
Deixando vãos delírios e quimeras
Purgando a ilusão da inconsistência
Pois Deus não se revela em frias eras
Mas na harmonia viva da existência
Liberta em experiências belas e sinceras
Decimar da Silveira Biagini
19 de março de 2025