Quem sabe um dia eu saiba ver
Que o brilho está nos olhos e que há males que vêm para o bem
Que beijo não é tatuagem, marca ou cicatriz
Que a vida é um livro em aberto de linhas incertas
Que esperam pela tinta da caneta que falha
E nos guia a esmo pelas folhas em branco
Ora em linha reta, ora ziguezagueando
Nada mais belo que não saber
O que nos reserva o futuro neste sol que acabou de nascer
Lágrimas hão de vir, e alegrias também
Mas venha o que vier, que venha novo, imprevisível
Em linhas incertas
Que esperam pela tinta da caneta que falha
E nos guia a esmo pelas folhas em branco
Ora em linha reta, ora ziguezagueando
Ainda bem que eu não sou vidente
E nem tenho bola de cristal
E que não sei se essa nossa história
Termina bem ou mal
Não sei se um dia serei hare krishna
Ou me caso no Afeganistão
Mas venha o que vier, que venha novo
Pela primeira vez na televisão
Em linhas incertas
Que esperam pela tinta da caneta que falha
E nos guia a esmo pelas folhas em branco
Ora em linha reta, ora ziguezagueando