Ó rosa dedilhando um alaúde,
Florindo a melodia triste e pura,
Seu timbre, compassado com doçura,
Ao cravo emurchecido traz saúde.
Tocando tais acordes com virtude,
Talento do tesouro da ternura,
Entoa até o céu da partitura,
Atinge o patamar da plenitude.
Eu sinto as suas pétalas douradas,
No riso que, chorando, a alma invade.
Perdoe minhas frases tresloucadas,
Pois todas são banhadas na Verdade.
Ó rosa das palavras perfumadas,
Seu canto flui no mar da eternidade!