O amor é espinho disfarçado de flor,
uma promessa vazia que te veste de cor,
mas na pele se crava, fria e aguda,
lembrando a mentira que a alma transborda.
Sigo na sombra, onde as luzes se apagam,
sem fé nas promessas que o mundo embala.
Não creio em felicidade, nem sorrisos de acaso,
apenas no vazio onde meu peito se cala.
Sou o eco de um amor sem cura ou razão,
onde a dor é abrigo, e o silêncio, canção.
- N