Na praça da paixão nos encontramos,
Trocamos um abraço longamente.
Num banco, lado a lado nos sentamos,
Falamos sobre nós alegremente.
As mãos (frias e quentes) seguramos,
Cruzamos os olhares docemente,
E quando para baixo os desviamos,
Um beijo roubei dela, de repente.
Surpresa com meu ato inesperado,
A dama censurou-me: "Que atrevido!
Devia pela lei ser condenado!"
Então lhe respondi ao pé do ouvido:
Do beijo que roubei serei culpado,
Somente quando amar for proibido.