Na rua da saudade do passado,
Reside uma casinha cor-de-rosa.
Casinha de madeira, mas vistosa;
Um mundo oculto tem cristalizado.
Na frente: uma roseira no gramado,
Tão bela e perfumada quão maldosa.
Nos fundos: saborosas mangas-rosa,
Mil risos no balanço sossegado.
Lá dentro: uma família, um cão, um gato,
Brinquedos que ficaram para trás,
Amigos que não tenho mais contato,
Espaço onde habitava a plena paz,
Lembranças convivendo num retrato,
Momentos que não voltam nunca mais.