Cartas de Amor
[Verso 1]
Cartas de amor são espelhos quebrados,
Onde o coração se enxerga inteiro.
São palavras soltas num tom delicado,
Que tornam o amor tão puro e verdadeiro.
[Verso 2]
Escrevo as linhas que falham e tropeçam,
Sem medo da forma, da rima ou cor.
É no riso tímido onde as palavras tecem
Que se aquecem com vida e calor.
[Refrão]
Quisera eu voltar ao tempo, insensata,
Deixava-me guiar por mãos tão trêmulas.
Por cada frase escrita, errante e exata,
No amor que se ergue em notas tão singelas.
[Verso 3]
São bobas e frágeis as cartas que fiz,
Mas nelas repousam sonhos que o amor diz.
Que as palavras, assim como a gente, são reais,
Tão humanas e nuas, sem ser artificiais.
[Refrão]
Quisera eu voltar ao tempo, insensata,
Deixava-me guiar por mãos tão trêmulas.
Por cada frase escrita, errante e exata,
No amor que se ergue em notas tão singelas.
[Final]
São bobas e frágeis as cartas que fiz,
Mas nelas repousam sonhos que o amor diz.