Teu corpo é uma incógnita,
e a beleza dele
é questão de perspectiva,
de ângulo.
Olhar-te a partir da diagonal
entrega uma formosura das curvas que tens.
Agora...
Olhar-te de lado,
entrega um caráter
antiquado,
gasto,
corroído deste mesmo corpo.
O corpo é esta forma que tende ao desgaste,
à morte.
Mas enquanto teu corpo viceja,
delira-me ele por não saber,
ao certo,
como ele de fato é no mundo.
O mundo:
este puro devir!
São José, 23 de novembro de 2024,
Cleber Caetano Maranhão