A vida é um mar de águas profundas,
Às vezes, vida é vida, às vezes morte.
Se é vida, eu carrego a minha sorte,
Se é morte, minhas mágoas são fecundas.
Já tive minhas coisas oriundas,
A vida é uma lâmina sem corte.
Caminho lá do sul até ao norte,
Vivendo coisas limpas e imundas.
Jamais serei ator nesta vivência,
Apenas amor vil e esquecido.
Eu trago no soneto, uma querência.
De um poeta pobre e esquecido.
Mais forte é a minha influência,
Dos dias que só eu tive vivido.